A barbeiragem do anúncio do imposto nos produtos chineses. Por Moisés Mendes

Atualizado em 13 de abril de 2023 às 9:41
Principais lojas on-line de importação, Shopee, Shein, AliExpress. (Foto: Reprodução)

Está explicado por que o governo se quebrou no anúncio de que irá tributar as compras diretas de produtos chineses pela internet.

A informação não passou antes pela Secom do ministro Paulo Pimenta e foi direto pra rua.

A repercussão nas redes sociais foi a pior possível, porque não é assim que se faz com uma medida com esse impacto.

E registrar a reação não significa jogar contra a medida. De jeito nenhum. Nem contra o esforço para aumentar a arrecadação.

A barbeiragem foi grande, talvez a maior do governo até agora, porque mexe com meio mundo, e precisa ser admitida. Pronto.

O que não pode é achar que o consumidor ficará quieto e entender que a cobrança de impostos protege o varejo nacional.

Que varejo, cara pálida? O que que cobra o olho da cara por produtos chineses oferecidos por preços muito baixos nas compras diretas pela internet?

O consumidor não é tão patriota e não vai se vestir de verde e amarelo para comprar em lojas de pretensos nacionalistas que vivem da venda de produtos da China.

Ah, mas tem fraude. Que se combata a fraude e o que for contrabando ou sonegação, sem sabotar um sistema de compras consagrado.

É muito desinformado quem acha que isso é coisa de pobre. A classe média também está berrando.

Originalmente publicado em Blog do Moisés Mendes

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Moisés Mendes
Moisés Mendes é jornalista em Porto Alegre, autor de “Todos querem ser Mujica” (Editora Diadorim) - https://www.blogdomoisesmendes.com.br/