
O general Gonçalves Dias, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), disse a colegas, em janeiro, que a câmera que o gravou durante os ataques terroristas de 8 de janeiro estava quebrada. Ao contrário do que ele afirmou na ocasião, o aparelho estava funcionando e fez registros de sua atuação na data. A informação é do blog da Andréia Sadi no g1.
Após a invasão, o governo Lula determinou que fossem reunidas as 160 horas de gravação das câmeras e fossem entregues para a cúpula da gestão petista assistir as imagens. O chefe de gabinete do presidente, Marcola, questionou onde estavam as imagens em frente à sala presidencial, que não constavam nos arquivos entregues, e Dias afirmou que o aparelho não estava funcionando.
“Ou mentiram para ele ou ele mentiu para gente”, afirmou um ministro do governo, que preferiu não se identificar. Lula ficou indignado com o caso e acredita que as imagens foram escondidas dele, segundo um assessor.
O general ganhou uma sobrevida de 100 dias e foi exonerado somente ontem, após a revelação das imagens. Ministros da gestão petistas acreditam que foi um erro manter o general no GSI após a invasão e lembram de um episódio de 2012, quando houve um motim de PMs na Bahia e Dias, que era responsável pelo comando de segurança da região, foi flagrado confraternizando com grevistas.