
O coronel da reserva do Exército Guilherme dos Santos Hudson, ex-colega de Jair Bolsonaro (PL) na Aman (Academia Militar das Agulhas Negras) e tio de Ana Cristina Siqueira Valle, segunda mulher do ex-capitão, virou peça-chave nas investigações que apuram peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).
Vale destacar que, por ter sido assessor de Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o coronel já constou na lista de investigados do procedimento que apura rachadinha no antigo gabinete do filho “02” do ex-mandatário na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio).
No entanto, agora, o Ministério Público do Rio (MP-RJ) também apura o envolvimento de Hudson no caso de Carluxo. De acordo com informações da colunista Juliana Dal Piva, do UOL, a promotoria está “debruçada” nos dados do núcleo de familiares do ex-chefe do Executivo em Resende, no interior do Rio.

No procedimento de Flávio, Hudson teve o sigilo bancário quebrado. Na quebra do militar, foi possível verificar 16 saques que totalizaram R$ 260 mil. Ele constou como assessor do filho “02” de Bolsonaro na Alerj, de junho a agosto de 2018.
Nos dois meses que trabalhou para Flávio na Alerj, o coronel recebeu um total de R$ 20,8 mil líquidos, e sacou 74% desse montante. Além disso, em 2005, Ana Maria Hudson, mulher do coronel e tia de Ana Cristina, foi nomeada no gabinete de Flávio.
Já em 2008, o então estudante de Direito Guilherme de Siqueira Hudson, filho do coronel, se tornou chefe de gabinete do vereador Carlos Bolsonaro no lugar de Ana Cristina, recém separada de Bolsonaro. Ele ficou nomeado no cargo até o fim de 2017.