Foto: Joe Raedle/Getty Images/AFP
O ex-presidente Jair Bolsonaro cancelou sua participação em um ato de extrema-direita em Portugal após ter o passaporte retido por conta de operação da Polícia Federal. André Ventura, líder do partido extremista Chega, anunciou que a Cimeira Mundial da Direita, marcado para os dias 13 e 14 de maio em Lisboa, será reagendada por conta do brasileiro.
“Fruto dos acontecimentos que todos acompanhamos e que todos pudemos ver, sobretudo nos últimos dias, o Chega terá de suspender e reagendar para uma data posterior a Cimeira Mundial das Direitas”, afirmou Ventura.
Ele diz que a investigação contra Bolsonaro é uma “perseguição” e que diversos países tratam com “agressividade” políticos de direita.
“A perseguição a que alguns dos nossos principais convidados têm estado sujeitos, envoltos em manobras de manietação e até, no caso do ex-presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, de apreensão e retenção do seu passaporte, impedindo-o de viajar, a poucos dias de a cimeira ocorrer, revelam bem o espírito de agressividade, condicionamento e ameaça que em certos países reina e que querem fazer contra a direita mundial”, prosseguiu.
Apesar da determinação de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), o passaporte do ex-presidente não foi apreendido. Segundo um agente da PF, “o objeto não era de interesse da investigação” e a medida seria desnecessária.
A Cimeira Mundial da Direita ocorreria no Centro de Congressos de Lisboa e, além de Bolsonaro, contaria com outros convidados brasileiros, como o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), os ex-ministros Gilson Machado (Turismo) e Onyx Lorenzoni (Casa Civil). Também constavam na lista do evento o vice-primeiro-ministro italiano Matteo Salvini e o vicee-presidente do partido espanhol Vox, Iván Espinoza.
Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, também foi especulado no evento, mas sua presença não foi confirmada. O único político americano oficialmente convidado para o ato é Mark Ivanyo, membro partido Republicano.