
Na manhã desta sexta-feira (12), no Rio de Janeiro, está ocorrendo uma operação da Polícia Federal para realizar busca e apreensão de documentos na residência de Marcelo da Silva Vieira, ex-responsável pela classificação de presentes recebidos pelo presidente da República durante o governo Bolsonaro.
Marcelo da Silva Vieira ocupou o cargo de funcionário do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica da Presidência da República desde o governo Temer, mas foi demitido em janeiro deste ano. Sua principal responsabilidade era revisar os presentes que poderiam ser aceitos para o acervo privado presidencial.
No mês passado, Vieira prestou depoimento à Polícia Federal sobre o caso das joias das Arábias. Durante esse depoimento, ele relatou que o presidente Bolsonaro participou de uma ligação na qual seu ajudante de ordens, Mauro Cid, solicitava que ele assinasse um ofício para liberar um estojo de joias oferecidas pelo governo da Arábia Saudita, as quais haviam sido retidas pela Receita Federal no Aeroporto de Guarulhos.

Telefonema com Cid
De acordo com informações do Blog da Andreia Sadi, do G1, em 13 de abril, o ex-chefe de gabinete de documentação histórica da Presidência, Silva Vieira, afirmou que, em dezembro de 2022, Cid pediu para ele assinar um ofício que seria enviado à Receita para solicitar incorporação dos bens aprendidos pela presidência.
Cid entrou em contato com Silva Vieira via WhatsApp e enviou um ofício para ele assinar e pedir a liberação das joias. Vieira disse ao braço-direito de Bolsonaro que não poderia fazê-lo. A mensagem foi enviada em 27 de dezembro, às vésperas do ex-capitão deixar o governo.