
Em meados de março, Michelle Bolsonaro foi visitar o marido Jair em seu exílio dourado em Orlando, nos EUA. Numa tarde ociosa, acabou em uma loja da Prada, uma das maiores marcas de luxo do mundo.
Criticada, deu um piti em suas redes sociais.
“Por que demonizam marcas de grifes se quem nos filmou também estava prestigiando o glamour das mesma (sic). Seria hipocrisia ou falta do que fazer mesmo? Sabemos quem são, só não achávamos que iriam se esconder atrás de uma câmera de celular para nos expor”, escreveu.
“Apesar de não ter privacidade para fazer um passeio e entrar em um outlet com o meu amigo, como todos fazem quando vêm aos EUA, eu tenho vida própria, independência financeira e não devo nada a ninguém”.
A desfaçatez dessa turma não tem limite.
A mesma mulher que se orgulhava da “independência financeira” agora faz o papel de escrava do patrão para justificar o esquema dos trambiques com dinheiro vivo.
Segundo o advogado de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, Michelle reclamou que o marido é “pão-duro” e, por isso, ela mantinha há dez anos um cartão em nome de uma amiga, Rosimary Cardoso, e não com a titularidade do sujeito, que já era deputado federal no começo do casamento.
“A dona Michelle nunca possuiu limite de crédito”, afirmou Wajngarten para tentar explicar por que ela não tinha cartão no próprio nome.
“Ela não tinha receita compatível” e o cartão em nome da amiga era para “evitar constrangimentos”.
É de lascar. A “independência financeira” de Michelle Bolsonaro é tão falsa quanto seu caráter e sua fé evangélica. Vai falar em línguas na cadeia.
?️ Michelle usava cartão da amiga porque Bolsonaro é "muito pão-duro", diz defesa pic.twitter.com/LCEh7dmNZN
— UOL Notícias (@UOLNoticias) May 16, 2023