Arte da Guerra: Flávio Bolsonaro vira piada por usurpar obra de Sun Tzu

Atualizado em 16 de maio de 2023 às 19:15
A Arte da Guerra com prefácio de Flávio Bolsonaro. Foto: Reprodução

Quem não tem cão caça com gato.

É o que pensou Flávio Bolsonaro, Senador da República e filho mais velho do ex-presidente Jair Bolsonaro, ao lançar a obra Arte da Guerra, clássico de Sun Tzu, com seu prefácio.

O texto do pensador chinês, escrito por volta do ano 500 a.C., funciona como um manual estratégico para conflitos armados, que pode ter várias aplicações em diversas áreas da vida.

É o livro de cabeceira do ex-técnico Luiz Felipe Scolari, que conta ter tirado dali lições para vencer a Copa do Mundo de 2002, no Japão.

Felipão é fã de Bolsonaro e de Augusto Pinochet, ditador que tocou o terror no Chile após um golpe de Estado em 1973, que resultou na morte do então presidente do país, Salvador Allende.

O relançamento de Arte da Guerra com prefácio de Flávio Bolsonaro – isso é possível porque a obra está em domínio público – acompanha outro que não chega a ser novo mas está sendo vendido como tal: o livro “Jair Messias Bolsonaro mito ou verdade”, que Flávio define como uma “história inspiradora de um grande homem, grande pai, uma pessoa temente a Deus, que passou momentos difíceis mas venceu, com coragem e planejamento”.

Ambos os livros estão à disposição para venda na Amazon e foram lançados pela MCL, de propriedade do empresário bolsonarista Mauro Jorge Melli Carvalho Junior.

A editora segue os padrões do clã de Jair e filhos: não tem site, não tem Facebook, tampouco conta no Instagram.

Na tarde desta terça, 16, uma imagem da capa de Arte da Guerra viralizou entre grupos de WhatsApp, com curiosos se perguntando o que haveria de estar escrito no seu prefácio, já que Jair, aparentemente, na arte da política, deu um voo de galinha: venceu uma eleição quando ninguém esperava, levou o país à beira do abismo e, por causa da sua responsabilidade pela morte de 700 mil pessoas na pandemia, entre outros crimes, vive fugindo da polícia, com o rabinho entre as pernas, temendo a prisão.

O DCM procurou, mas não conseguiu encontrar alguém que tivesse se disposto a por a mão no bolso para comprar a obra que Flávio usurpou de Sun Tzu.

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Jose Cassio
JC é jornalista com formação política pela Escola de Governo de São Paulo