Motorista de ex-assessor de Lira é investigado por receber dinheiro em esquema de desvio de verbas

Atualizado em 5 de junho de 2023 às 8:02

Luciano Ferreira Cavalcante, motorista e assessor do atual presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), é suspeito de receber dinheiro de um esquema de desvio de verba envolvendo a compra de kits de robótica em Alagoas. Com informações do Estadão.

Na última semana, durante operação da Polícia Federal (PF), mais de R$ 4 milhões em dinheiro vivo foram apreendidos em um cofre em Maceió pelos agentes federais. A corporação informou que a origem do dinheiro seria o orçamento secreto que teria irrigado 43 prefeituras de Alagoas, beneficiando uma única empresa fornecedora de equipamentos de robótica.

Imagens que fazem parte da investigação da PF foram reveladas pelo programa Fantástico, da Rede Globo, no último domingo (4). Nas filmagens, o casal Pedro e Juliana Salomão, apontados como operadores do esquema, aparecem realizando “quase uma centena de saques em dinheiro”, em bancos e casas lotéricas de Brasília. Os saques eram fracionados, e não feitos de uma vez só, para driblar as autoridades, de acordo com a investigação.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Imagem: Reprodução

Pedro e Juliana Salomão foram presos na última quinta-feira (1), mas, após decisão da Justiça, irão responder em liberdade. Os advogados do casal afirmaram que os dois não possuem nenhum envolvimento com as supostas fraudes. A defesa de Cavalcante negou a participação dele em irregularidades após a operação da PF.

Lira não é citado na investigação. Após a operação, o presidente da Câmara afirmou que não tem nada a ver com o que foi apontado.

“O que eu posso dizer é que eu, tendo a postura que tenho, em defesa das emendas parlamentares que levam benefícios para todo o Brasil, para toda a população, eu não tenho absolutamente nada a ver com o que está acontecendo. E não me sinto atingido, nem acho que isso seja provocativo”, disse o parlamentar.

A operação da PF investiga fraudes que teriam ocorrido entre 2019 e 2022. No centro das suspeitas está a empresa Megalic LTDA, que venceu diversas licitações para o fornecimento de kits de robótica. Segundo a PF, a companhia não vende esse tipo de produto e comprou os kits de um fornecedor de São Paulo. A empresa segue negando as acusações.

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