Em um vídeo publicado nas redes sociais na última segunda-feira (5), Dia Mundial do Meio Ambiente, diversos artistas alegaram que apesar de terem votado em Lula (PT) nas eleições de 2022, com 100 dias de governo “acabou o clima”. Eles cobram um posicionamento mais firme do governo petista em relação às pautas ambientais.
“A gente elegeu esse governo porque ele se pintou de verde, dizendo para o Brasil e para o mundo que a natureza é o nosso maior patrimônio, e que a floresta em pé tiraria de vez o nosso país do mapa da fome. Mas depois de 100 dias de governo, acabou o clima”, defende a ativista ambiental Fê Cortez.
Além da ativista, aparecem na gravação atores como Mateus Solano, Larissa Maciel, Thiago Lacerda, Sérgio Marone e Nicola Siri. Ambientalistas como Aline Matulja e influenciadores de origem indígena também participam da “cobrança”. Eles também convidaram a população a assinar uma petição a ser entregue ao chefe do Executivo federal neste mês.
➡️Pautas ambientais em debate
Artistas que votaram em Lula cobram governo: “Acabou o clima”
Ator Mateus Solano compartilhou vídeo em que ele e outros artistas pedem pressão popular para deter retrocessos em políticas ambientais
Leia: https://t.co/BpwxCpeIf9 pic.twitter.com/mjemDgCeqq
— Metrópoles (@Metropoles) June 7, 2023
Classificado como “um verdadeiro pacote de destruição”, o grupo cita a aprovação do Marco Temporal na Câmara dos Deputados, o desmonte da Lei da Mata Atlântica, além do esvaziamento dos Ministérios do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas.
Essa cobrança, no entanto, não faz sentido: quem aprovou o Marco Temporal foi a Câmara dos Deputados, e não o governo. Além disso, o Supremo Tribunal Federal (STF) ainda dará a última palavra sobre o tema:o julgamento está marcado para o dia 7 de junho.
Vale destacar também o passado lavajatista de alguns atores que aparecem no vídeo cobrando o mandatário. Thiago Lacerda, por exemplo, já apoiou a operação Lava Jato e fez diversas críticas ao Partido dos Trabalhadores.
Já Mateus Solano, em 2016, interpretou em “Em Nome da Lei” um juiz “justiceiro, que se vale de métodos ilegais para fazer o que entende ser o justo. Segundo o diretor da trama, Sérgio Rezende, não seria de admirar se o espectador pensasse que a figura na qual o protagonista se baseia é a de Sérgio Moro.
