O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se tornou réu no caso dos documentos secretos que mantinha em casa e se declarou inocente de todas as 37 acusações feitas contra ele em um tribunal de Miami, na Flórida, nesta terça-feira (13).
O advogado Todd Blanche, que representa Trump, entrou com a apelação do indiciamento. “Estamos certamente entrando com uma alegação de inocência”, disse Blanche ao tribunal.
Segundo a mídia americana, que acompanhou o indiciamento, o processo foi “muito básico” e “pro forma”, com duração de cerca de 15 minutos.
Trump chegou ao Tribunal Wilkie D. Ferguson Jr. para enfrentar as acusações criminais federais que o responsabilizam por guardar de maneira ilegal, segredos de Estado na área de defesa, além de obstrução de Justiça por ter se recusado a entregar os documentos confidenciais após solicitação do órgão Arquivos Nacionais e Administração de Documentos, bem como do Departamento de Justiça.
Uma multidão pequena se reuniu do lado de fora do tribunal para expressar apoio ao ex-presidente.
Trump foi preso por autoridades do Serviço de Delegados dos Estados Unidos e foi fichado no tribunal. Espera-se que os delegados façam cópias eletrônicas de suas impressões digitais. No entanto, não é esperado que eles tirem uma foto de Trump, devido à sua capacidade de reconhecimento.
Trump é o primeiro ex-presidente dos EUA, em todos os 247 anos de história do país, a ser indiciado por um grande júri.
As 37 acusações, reveladas pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos na semana passada, responsabilizam o ex-presidente por revelar informações confidenciais a seus assessores e visitantes do seu resort na Flórida. Além de armazenar caixas cheias de papéis secretos de forma irresponsável em sua residência pessoal e mentir e obstruir a investigação federal.