Documento golpista no celular de Mauro Cid dizia que Moraes não deveria ocupar presidência do TSE

Atualizado em 16 de junho de 2023 às 20:29
Ministro Alexandre de Moraes. Foto: Marcelo Camargo

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tornou pública nesta sexta-feira (16) a perícia da Polícia Federal (PF) no celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

De acordo com o UOL, entre as mensagens encontradas no celular do militar estava um documento no qual dizia que Moraes não deveria ocupar a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Em um dos trechos, Moraes é citado como “juiz suspeito” por “vínculos” com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). “As normas legítimas autorizando a atuação de juízes suspeitos (nestas eleições, o Ministro Alexandre de Moraes nunca poderia ter presidido o TSE, uma vez que ele e Geraldo Alckimin possuem vínculos de longa data, como todos sabem)”, diz o documento.

O texto também afirma que um “juiz de direito” deve agir conforme a “moralidade institucional” e não devem promover “o ativismo judicial”.

Cid enviou esse conteúdo, em forma de print, para ele mesmo na noite do dia 28 de novembro do ano passado. Não há informação sobre quem teria redigido o documento.

“O conteúdo do texto chamou a atenção da equipe, pois apresenta em seu parágrafo final a expressão ‘declaro o Estado de Sítio; e, como ato contínuo, decreto Operação de Garantia da Lei e da Ordem’”, diz o relatório da PF.

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