O empresário bolsonarista Milton de Oliveira Júnior, dono de uma rádio em Itapetininga, no interior de São Paulo, que foi afiliada a Jovem Pan, foi alvo de um mandado de busca e apreensão na manhã desta terça-feira (27), realizado pela Polícia Federal (PF) na 13ª fase da operação Lesa Pátria.
No programa “Manhã da Pan”, Milton afirmou afirmou que ajudou “patriotas” a irem a Brasília “protestar” contra o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A fala do radialista foi direcionada a ex-prefeita de Itapetininga e atual deputada federal Simone Marquetto (MDP-SP), após a parlamentar ter concedido uma entrevista a outro veículo de mídia sobre o assunto.
“Eu contribuí, deputada. Entrego o recibo pra senhora. Não tenho medo de assumir o que eu faço. Se eu tiver que ser preso porque ajudei alguns patriotas a irem para Brasília fazer protestos contra um governo ilegítimo, que eu seja preso, não há problema nenhum“, disse na ocasião.
“A gente tem que assumir os compromissos que a gente faz. Não tenho medo da Justiça. Eu contribuí, deputada. Se a senhora quiser, eu mando no seu WhatsApp os recibos de Pix. Está lá com o meu CPF”.
Após a repercussão negativa da fala do bolsonarista, a Jovem Pan comunicou o fim do contrato com sua afiliada por “expor” a emissora e por “violar cláusulas” do acordo, que “têm como objetivo a preservação da marca e a reputação da Jovem Pan enquanto empresa de comunicação”.
Em seu perfil no Facebook, o simpatizante do ex-chefe do Executivo se manifestou para dizer que “sempre” respeitou a Justiça, e negou que tenha apoiado “qualquer ato que ataque a democracia”.
O bolsonarista, no entanto, mudou sua fala e disse que, na realidade, teria dado dinheiro a um amigo “para sua alimentação durante a viagem de retorno de Brasília no dia 20 de novembro de 2022”.