Com o término do mandato presidencial, familiares do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e da ex-primeira-dama Michelle (PL) passaram a se dividir entre cargos na máquina pública de Santa Catarina, como no mandato do senador bolsonarista Jorge Seif (PL-SC) e em gabinetes do governo estadual. É o caso, por exemplo, do filho 04 do ex-mandatário, Jair Renan, da filha e do genro de Michelle, Letícia Firmo e Igor Modtkowski, e da própria esposa do senador, Catiane Seif.
Jair Renan está lotado no gabinete de Seif no cargo de “auxiliar parlamentar”, com remuneração bruta de R$ 9.536,08, de acordo com o portal da transparência. Segundo o colunista do SC em Pauta, Marcelo Lula, a família Bolsonaro tem planos políticos para o 04. A pretensão é lançá-lo candidato a vereador em Balneário Camboriú (SC) nas próximas eleições, para que em 2026 ele se eleja deputado federal por Santa Catarina, mesmo sem nenhuma identidade local.
Jair Renan tem como colega de trabalho no mandato de Jorge Seif, Igor Modtkowski, que é genro da ex-primeira-dama Michelle. Ele está lotado no gabinete do senador com a função de motorista e remuneração bruta de R$ 4.768,03. Modtkowski é cabo do Exército e já havia ocupado um cargo no Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no governo Bolsonaro.
Já a filha de Michelle, Letícia Firmo, foi nomeada em abril desse ano pelo governador bolsonarista Jorginho Mello (PL) para ocupar o cargo de assistente no gabinete de articulação nacional de Santa Catarina em Brasília. Na época, o governo catarinense divulgou uma nota afirmando que Letícia tem experiência na função e que seria “cobrada como todos os outros colaboradores”. Sua remuneração bruta, segundo o portal da transparência do Estado, é de R$ 13 mil.
Por sua vez, Catiane Seif, esposa do senador eleito pelos catarinenses em 2022, foi nomeada nos primeiros meses deste ano por Jorginho Mello para ser secretária estadual adjunta do Turismo. “Obrigada pela confiança, governador Jorginho Mello”, escreveu em story no Instagram na época.
Durante o governo Bolsonaro, Catiane ocupou diferentes cargos na Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), como no Conselho de Ética da Agência, além das funções de gerente de integridade e integração, gerente de ouvidoria, integração e voluntariado. Ela havia perdido o cargo no governo federal com a troca de comando na Embratur, que passou a ser presidida por Marcelo Freixo (PT).