
Sergio Moro (União-PR) não se manifestou sobre a inelegibilidade de seu ex-chefe, Jair Bolsonaro, por conta de um atrito com seu partido. O senador chegou a ser cobrado pelo vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) nas redes sociais, mas decidiu permanecer em silêncio. A informação é da coluna de Bela Megale no jornal O Globo.
O ex-juiz disse a aliados que ainda está incomodado com a ação do PL no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo sua cassação. Ele se sente decepcionado com a decisão da sigla mesmo com seu apoio à candidatura do ex-presidente nas eleições de 2022.
Moro chegou a ir a debates na TV junto de Bolsonaro. Ele também se sentiu decepcionado por promessas não cumpridas de aliados do ex-presidente, como um compromisso para conversar com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e convencê-lo a desistir da ação no TSE.
Mesmo com a promessa dos aliados do ex-presidente, o PL segue com o processo contra Moro. A ação foi juntada a outra apresentada pelo PT, que corre no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR). Por isso, ele também evita manifestar apoio a Bolsonaro, já que isso poderia gerar mais desgastes com a corte eleitoral.
O ex-juiz é um dos aliados de Bolsonaro que não se solidarizou publicamente. Além dele, outros políticos de direita seguem em silêncio: os governadores do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), e de Goiás, Ronaldo Caiado (União); o senador Romário (PL-RJ) e o deputado Eli Borges (PL-TO), líder da bancada evangélica.