Ex-bombeiro monitorou Marielle, destruiu carro usado no crime e tentou acobertar assassinos

Atualizado em 24 de julho de 2023 às 12:44
Maxwell Simões Corrêa, o Suel – Foto: Reprodução

De acordo com Andrei Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal (PF), o ex-sargento do Corpo de Bombeiros Maxwell Simões Correa, o Suel, participou antes, durante e depois do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

Rodrigues afirmou que, além de suporte logístico, ele realizou monitoramentos e ainda destruiu uma das provas do homicídio, a exemplo do carro que foi utilizado também para transporte de armas:

“O que posso adiantar é que essa pessoa (Maxwel) participou de ações de acompanhamento e vigilância da vereadora e também do apoio logístico, com integração com os demais atores dessa cadeia criminosa percorrida. Então ele teve um papel importante nesse contexto inteiro, antes, durante e depois do caso, com a questão do carro. Para utilizar uma expressão popular, o carro foi picado, então houve a participação dele na ocultação desse carro”, disse Andrei.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, ressaltou ainda que Maxwel atuou também para “acobertar” os executores de Marielle. “O senhor Suel fez o trabalho de monitoramento e campana da rotina da vereadora Marielle Franco e, posteriormente, no acobertamento dos executores”, explicou Dino.

Ele foi preso, nesta segunda-feira (24), durante a primeira fase da Operação Élpis, que apura os homicídios do caso Marielle. Ele foi preso em casa, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio, e levado para a sede da PF. Foram cumpridos ainda sete mandados de busca e apreensão no Grande Rio e na Região Metropolitana.

Maxwell Simões Corrêa, o Suel – Foto: Reprodução

Segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), Maxwell era o dono do carro usado para esconder as armas que estavam em um apartamento de Ronnie Lessa, acusado de ser um dos autores do assassinato. Suel foi condenado em 2021 a quatro anos de prisão por atrapalhar as investigações, no entanto, cumpria a pena em regime aberto.

Marielle Franco foi executada no dia 14 de março de 2018, por volta das 21h30, dentro de seu carro, no Estácio, no Rio de Janeiro. Ela foi atingida por quatro disparos no rosto. Seu motorista, Anderson Pedro Gomes, também foi assassinado.

Confira a chegada de Maxwell à sede da Polícia Federal, no Rio: 

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Yurick Luz
Yurick Luz, 24 anos, é redator no DCM desde 2022. Amante do futebol, são-paulino e entusiasta do mundo automotivo.