A campanha bizarra de Nikolas Ferreira para demitir quem celebrou morte do extremista Kirk

Atualizado em 13 de setembro de 2025 às 22:15
O deputado federal bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG). Foto: Agência Câmara

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) deflagrou uma campanha nas redes sociais pedindo que empresas demitam funcionários que comemoraram a morte do influenciador de extrema-direita americano Charlie Kirk. O parlamentar publicou que “o movimento começou” e orientou seguidores a denunciar casos dentro de ambientes de trabalho.

A iniciativa surgiu após a repercussão do assassinato de Kirk, morto a tiros em 10 de setembro nos Estados Unidos. Para Nikolas, manifestações de comemoração diante do crime seriam sinais de “extremismo” e não poderiam passar sem consequências. O deputado classificou como inaceitável que empregados usem situações de violência como forma de ironia ou celebração.

Charlie Kirk, de 31 anos, era fundador da organização conservadora Turning Point USA e conhecido por posições alinhadas à direita norte-americana. Ele foi morto durante um evento em uma universidade nos EUA, e o caso teve grande repercussão internacional, com investigações em andamento para apurar as motivações do crime.

Nikolas tem se apresentado como um dos principais defensores de Kirk no Brasil. Em diversas postagens, afirmou que a morte do extremista representa um ataque ao conservadorismo mundial e precisa gerar respostas políticas e sociais, inclusive em território brasileiro.

A campanha provocou críticas instantaneamente. Internautas apontam risco de perseguição política dentro de empresas. Para eles, a proposta representa cerceamento da liberdade de opinião e um uso indevido de denúncias trabalhistas para fins ideológicos.

Até o momento, empresas não se manifestaram oficialmente sobre a pressão feita pelo deputado.