
O PP não pretende expulsar do partido o ministro do Esporte, André Fufuca, caso ele decida permanecer no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A sigla, no entanto, avalia retirá-lo do comando do diretório estadual do Maranhão, movimento que pode enfraquecer suas pretensões eleitorais para 2026. Com informações da Folha.
A perda do controle regional comprometeria os planos de Fufuca de concorrer ao Senado no próximo pleito. Sem a presidência do diretório, o ministro ficaria dependente das decisões de outro dirigente estadual, um risco político que ele não estaria disposto a assumir.
O prazo estabelecido pelo partido para que Fufuca defina se permanecerá ou não no cargo ministerial vai até o próximo domingo (5). A decisão ocorre em meio ao reposicionamento da federação formada entre PP e União Brasil, que anunciou em agosto o desembarque do governo federal.

No caso do União Brasil, a pressão foi mais intensa sobre o ministro do Turismo, Celso Sabino, que tem buscado estratégias para resistir à saída imediata. Já no PP, a medida não deve afetar ministros ligados ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), como Frederico Siqueira (Comunicações) e Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional).
Outro ponto em discussão é a Caixa Econômica Federal, presidida por Carlos Vieira, aliado do deputado Arthur Lira (PP-AL). O comando da instituição não deve ser alterado mesmo com a decisão de parte da federação de deixar o governo.
A movimentação acontece em um contexto de preparação para as eleições de 2026, quando o PP e o União Brasil devem redesenhar suas estratégias de atuação. O futuro político de Fufuca, assim, dependerá diretamente da escolha entre permanecer como ministro ou preservar o controle partidário no Maranhão.