
Mais uma pauta para o jornalismo. O prefeito de Florianópolis, Topazio Neto, instalou um posto na rodoviária para abordar quem chega.
Funcionários da prefeitura chamam para uma entrevista os “suspeitos” que descem do ônibus sem lenço, sem documento, sem parentes e sem emprego.
Se o forasteiro der a entender que não tem para onde ir, oferecem passagem de volta. Claro que abordam os pobres. É crime, mas parece que o Ministério Público ainda não impediu a barreira do bolsonarismo trumpista.
A pauta é essa: descer na rodoviária de Florianópolis e viver a experiência de ser abordado, entrevistado, discriminado e mandado embora, como um deportado dentro do próprio país.
Mas é preciso experimentar o preconceito não como repórter, e sim como “forasteiro”. É fácil. Se eu ainda estivesse na ativa como repórter de campo, estaria como imigrante amanhã em Florianópolis.
(Vejam o vídeo em que o prefeito confessa a deportação de quem não tem emprego e alerta que quem desembarca em Floripa deve respeitar as regras e a cultura da cidade.)
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