A compra de 2,5 mil antídotos para intoxicação por metanol pelo ministério da Saúde

Atualizado em 4 de outubro de 2025 às 22:39
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante coletiva de imprensa – Foto: Reprodução

Neste sábado (4), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou a compra de 12 mil ampolas de etanol farmacêutico para reforçar o combate à intoxicação por metanol no Brasil. Segundo o ministro, o produto será distribuído aos centros de referência em toxicologia em todo o país para garantir atendimento imediato a casos suspeitos. Até o momento, o governo registrou 116 notificações de possíveis intoxicações e 11 casos confirmados.

Padilha explicou que 609 farmácias de manipulação no Brasil possuem estrutura para produzir o etanol farmacêutico, o que deve ampliar o acesso gratuito ao tratamento pelo SUS. “Essa nova aquisição chega ao longo da próxima semana, reforçando esse estoque estratégico junto aos hospitais universitários. Vamos fazer a distribuição para os centros de referência de toxicologia espalhados pelo país”, afirmou o ministro.

Ele também ressaltou que o Ministério da Saúde está mobilizado para garantir o fornecimento contínuo do antídoto. “Temos garantido em toda a rede do SUS o etanol farmacêutico para ser utilizado nos casos suspeitos por recomendação médica, acompanhado pelos centros de referência de toxicologia”, completou.

Além do etanol farmacêutico, o governo está buscando outro medicamento eficaz no tratamento da intoxicação: o Fomepizol.

De acordo com Padilha, o Ministério acionou a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e entrou em contato com 10 agências de diferentes países e sete empresas privadas com histórico de produção do remédio, que não é de uso comum no Brasil.

O ministro confirmou ainda a aquisição de 2.500 tratamentos de Fomepizol junto a um produtor japonês. “O Ministério da Saúde já formalizou a compra e a previsão é que o antídoto chegue ao longo desta semana”, informou.

O medicamento será distribuído para os hospitais de referência, com prioridade para as regiões que registraram maior número de casos suspeitos.

Padilha finalizou a coletiva afirmando que não existe “tratamento milagroso” e reforçou que a resposta do governo seguirá baseada em evidências científicas. “Seguiremos trabalhando pela ciência, pela prevenção e pelo fortalecimento da rede pública de saúde”, declarou o ministro.