A manifestação de hoje em Salvador poderia ser facilmente resumida em uma palavra: diversidade.
Estudantes, professores, movimentos sociais, coletivos independentes, artistas, mulheres, indígenas, quilombolas e LGTBQ – todos estavam unidos em um só grito em defesa da educação.
E é exatamente isso, sabemos, que o governo Bolsonaro e seus fiéis não suportam.
Capitaneados pelo anti-povo, os conservadores têm pavor à democracia.
O ódio sistematizado à diversidade é tamanho que o próprio presidente vetou pessoalmente um comercial do Banco do Brasil – como esquecer? – por conta do elenco diverso.
Mas o Brasil de todos resiste.
Apesar de ter levantado outras pautas importantes além da educação – como Reforma da Previdência e Greve Geral – a menifestação manteve o foco e seguiu organizada em torno do objetivo principal: lutar contra os cortes de verbas nas Universidades públicas.
O que me devolve a esperança mesmo nestes tempos terríveis é perceber que toda a sociedade civil – ou ao menos a parcela que não se deixou cegar pelas correntes do ZAP – atentou-se que a luta pela educação está longe de ser uma questão partidária.
Esta não é uma luta dos professores e estudantes.
Não é uma luta da Universidade.
Não é uma luta das esquerdas.
É uma luta de todos.
Em um país em que um ministro diz que “professores não devem atuar como militantes” e boa parte da população pede menos educação e mais armas, é animador perceber que o verdadeiro povo luta pela Universidade pública – para o Poder Público, antro de balbúrdia – porque compreende que os prejuízos na educação afetam a sociedade em todos os níveis.
Pra quem viu o vexame do último domingo, dia 26, no Farol da Barra, a diferença é gritante.
Lá, uma burguesia decadente de direitistas desinformados gritando contra os próprios direitos.
Aqui, o verdadeiro povo lutando pelo próprio país e pelas próximas gerações.
Isso sim é festa da democracia.
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