A estrela do combate ao negacionismo. Por Moisés Mendes

Atualizado em 28 de dezembro de 2020 às 8:09
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Originalmente publicado em BLOG DO MOISÉS MENDES

Por Moisés Mendes

O Brasil descobriu que tem infectologistas, epidemiologistas e microbiologistas. Eles faziam um trabalho quase invisível, que agora aparece todos os dias no Jornal Nacional.

A fala e o rosto consagrados são os de Natalia Pasternak, pesquisadora do Instituto de Ciências Biomédicas da USP e presidente do Instituto Questão de Ciência. Natália é a acadêmica que a pandemia transformou em celebridade..

Nos anos 70, os sociólogos tentavam explicar nossas desgraças sociais. Nos 80, os economistas se dedicavam a decifrar as causas da inflação.

Hoje, os cientistas da saúde tentam nos defender dos negacionistas. Natalia é incisiva. Vale a pena publicar, para quem ainda não viu ou quer ver de novo, sua reação na TV Cultura.

A pesquisadora reagiu com irritação a uma reportagem da TV que tentou ser engraçadinha com os que negam a pandemia.

A reportagem acabou sugerindo que o melhor às vezes não é enquadrar quem não usa máscara e desrespeita o isolamento, mas deixar pra lá, fazendo abordagens com humor e leveza.

Abaixo, o link do vídeo com a reação de Natália:

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NA FRANÇA É PIOR

Para quem anda em busca de consolos, tem essa pesquisa feita na França por Le Journal du Dimanche: 56% dos franceses não pretendem se vacinar contra a Covid-19, 44% disseram que planejam se vacinar “em algum momento” e apenas 13% asseguraram que irão se vacinar logo.

Aqui, os que não pretendem se vacinar estão ao redor de 20%.
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COM E SEM PRESSA

Bolsonaro lançou, no dia 15, um plano nacional de vacinação que não esclarecia planejamento algum.

Depois, passou a depreciar as vacinas, até dizer que ninguém iria apressá-lo para que deflagrasse a vacinação.

E ontem disse tudo ao contrário: “Temos pressa em obter uma vacina”.

Hoje, ele pode voltar a dizer que não é bem assim, e segue o baile. Bolsonaro enrola um país hipnotizado, resignado, acovardado, imobilizado.

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A HORA DA VERDADE

Esta é a semana decisiva para que se esclareça a eficácia da CoronaVac. João Doria está em situação complicada, depois de adiar o anúncio dos resultados dos testes pelo Butantan.

Se a CoronaVac tiver baixa eficiência, pouco acima de 50%, Bolsonaro irá fazer a festa e Doria pode desistir da candidatura em 2022.

Até porque as pesquisas mostram que, mesmo com a inciativa de desenvolver a vacina com os chineses, sua popularidade não cresce.