
A expectativa dentro do Supremo Tribunal Federal é que o julgamento de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) só tenha desfecho em 2026, conforme informações do blog da Andréia Sadi, do G1. O deputado foi tornado réu de forma unânime pela Primeira Turma e responde por tentar interferir no processo da trama golpista para favorecer o pai, Jair Bolsonaro (PL).
Fontes do STF afirmam que a Primeira Turma pretende concluir antes todos os julgamentos ligados à tentativa de golpe. Como ainda faltam núcleos inteiros para serem apreciados, ministros avaliam que não há espaço para julgar o caso de Eduardo em 2025.
A trama golpista é dividida em cinco núcleos:
• Núcleo 1 (Crucial) – já julgado, com oito condenados, incluindo Jair Bolsonaro;
• Núcleo 2 (Minuta do golpe) – julgamento previsto para 9, 10, 16 e 17 de dezembro;
• Núcleo 3 (Ataques ao sistema eleitoral) – novas sessões marcadas para 18 e 19 de novembro;
• Núcleo 4 (Fake news) – já concluído, com sete condenações;
• Núcleo 5 (Propagação de desinformação) – sem data definida.
Todos os integrantes da Primeira Turma — Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia — votaram por receber a denúncia da PGR contra Eduardo Bolsonaro. A vaga deixada por Luiz Fux permanece aberta.
O processo também deve avançar mais devagar porque Eduardo foi denunciado junto com o golpista Paulo Figueiredo, que está fora do país. A falta de domicílio no Brasil dificulta notificações e amplia o tempo até que o julgamento possa ocorrer.
Caso condenado, Eduardo Bolsonaro poderá ficar inelegível justamente no ano da eleição. A análise final, porém, só deve ocorrer após o encerramento dos demais núcleos ligados à tentativa de golpe.
