
A expectativa, segundo informações do Globo, é que Jair Bolsonaro (PL) continuará em casa nesta terça-feira (9), quando o Supremo Tribunal Federal (STF) retoma o julgamento da trama golpista envolvendo ele e outros sete réus. A previsão é que a análise seja concluída até sexta-feira (12), mas a defesa não apresentou pedido para que o ex-presidente acompanhe as sessões.
De acordo com seus advogados, o ex-chefe de Estado tem enfrentado crises de soluço, vômitos e falta de ar. O quadro foi atribuído a uma esofagite decorrente de procedimento no abdômen realizado em abril – aliados relataram ainda momentos de choro e instabilidade emocional, o que reforçou a recomendação de médicos e familiares para que ele não vá ao Supremo.
O médico Cláudio Birolini, que integra a equipe responsável pelo acompanhamento de Bolsonaro, afirmou que há necessidade de retirada de lesões na pele para exame “anátomo-patológico”. Segundo ele, a condição exige que o ex-presidente seja levado ao hospital nos próximos dias para avaliação detalhada.
Essa é a segunda vez em pouco mais de um mês que a defesa pede autorização para saída por questões médicas. No mês passado, Bolsonaro foi liberado para uma bateria de exames, quando foram detectadas esofagite, gastrite e imagem residual de infecções pulmonares recentes.
Os advogados sustentam que o estado de saúde impossibilita Bolsonaro de enfrentar a rotina do Supremo. Embora pudesse solicitar autorização ao ministro Alexandre de Moraes para assistir às sessões presencialmente, a recomendação médica foi pela permanência em casa.

“O ex-presidente (Jair Bolsonaro) tem uma saúde extremamente fragilizada hoje. Estive com ele, ele tem crises de soluço muito fortes, é até aflitivo. A orientação médica é de que ele permaneça em casa porque aqui (no STF) é muito estressante tanto do ponto de vista físico quanto emocional. É uma situação bastante delicada, são muitas horas de julgamento”, afirmou o advogado Paulo Amador Bueno.