A falta de dignidade de Bolsonaro não encontra limites.
Nesta terça, 8, o Exército brasileiro perdeu o general Carlos Augusto Fecury Sydrião Ferreira.
Ele morreu no período da manhã em decorrência do coronavírus. Estava internado no Hospital das Forças Armadas, em Brasília.
Sydrião comandava o Centro de Inteligência do Exército (CIE). A morte prematura aos 53 anos causou comoção na corporação.
“Os integrantes do Batalhão Brasília prestam sua continência ao General Sydrião e se solidarizam com os amigos e familiares deste oficial”, disse o Exército em nota no seu portal.
Nenhuma menção à causa do óbito.
Na mesma linha, Bolsonaro passou o dia em silêncio sem fazer nenhum comentário sobre a morte do militar, seja em reuniões públicas, entrevistas ou nas suas redes sociais.
Para não despertar a atenção para o problema da pandemia, que ele nega todos os dias, o presidente foi incapaz de mostrar solidariedade com a dor da família.
Não se sabe se foi por orientação do Planalto que o portal do Exército omitiu que o chefe de seu Centro de Inteligência morreu vítima da covid.
O silêncio de Bolsonaro ao longo de todo o dia, porém, é sintomático de que o assunto não merece atenção. Nem que para isso seja necessário negar ao colega as últimas homenagens.