Eu peço perdão por tocar num assunto dessa natureza, mas o noticiário e o personagem obrigam a isso.
Ossos do orifício.
Em visita ao Piauí, onde foi participar da inauguração de uma escola que leva o seu nome — o que é ilegal —, Jair Bolsonaro deu mais um espetáculo dantesco.
Além de chamar Alberto Fernández e Cristina Kirchner, virtuais presidente e vice da Argentina, de “bandidos esquerdistas”, ele votou a expor sua fixação anal.
Como um macaco entediado de zoológico, atirou excremento em direção à plateia.
“Vamos acabar com o cocô do Brasil. O cocô é essa raça de corruptos e comunistas”, gritou, sendo interrompido por gritos de “mito, mito, mito” por sua claque de primatas.
É a terceira vez em três dias que Bolsonaro usa dessa retórica escatológica.
A um repórter, sugeriu que a “cuestão” do meio ambiente poderia ser resolvida se a população “fizesse cocô dia sim, dia não”.
Quando instado a comentar, deu uma resposta estapafúrdia:
“Você quer que eu seja ‘um vaselina’? Um politicamente correto? Ou um isentão? Quando eu falei a questão do cocô, foi uma pergunta idiota de um jornalista lá em Brasília”.
“Agora, se não é compatível com o presidente, vote em outro em 2022. É muito simples”.
Fica a dica.
Em 2016, foi lançado no Brasil um livro chamado “A mente de Adolf Hitler: O relatório secreto que investigou a psique do líder da Alemanha nazista”.
O autor é o psicanalista Walter C. (Charles) Langer.
Em 1943, ele foi incumbido de fornecer aos estrategistas militares americanos um perfil que pudesse contribuir para a luta contra o nazifascismo na Segunda Guerra Mundial.
Langer montou uma biografia psicológica construída a partir de entrevistas com pessoas que conviveram com o psicopata alemão e depoimentos de espiões.
Entre outras revelações, ele dá conta de que Hitler tinha fetiches sexuais “doentios” e que forçou a própria sobrinha a participar de atos sexuais “perturbadores”.
O ditador era adepto da coprofilia, o uso das fezes para prazer sexual.
A palavra vem do grego kopros (“corpo”, “excremento”) mais filia (“amor”).
“A prática dessa perversão representa a mais baixa profundeza da degradação”, escreveu Langer no documento.
O destino dessa gente é a privada da História.