“A gente tem vergonha”, diz parente da extremista que levou coroa de defunto a Lula

Atualizado em 19 de dezembro de 2024 às 20:58
Maria Cristina de Lurdes Rocha. Foto: Divulgação

Maria Cristina de Lurdes Rocha, de 77 anos, foi presa na quarta-feira (18) por injúria racial em frente à residência do presidente Lula, localizada em Alto de Pinheiros, Zona Oeste de São Paulo. Lula se recupera de uma cirurgia para drenar uma hemorragia na cabeça. O caso gerou ampla repercussão devido às circunstâncias e ao histórico da mulher.

Maria Cristina chegou ao local de carro, trazendo dois adesivos polêmicos com imagens do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes: um mostrava o magistrado atrás das grades, enquanto o outro exibia uma cruz invertida em sua testa.

A mulher tentava deixar uma coroa de flores no portão da casa do presidente quando foi abordada por agentes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República. Durante a abordagem, Maria Cristina chamou um dos seguranças de “macaco”, o que levou à sua prisão em flagrante por injúria racial. O ato foi imediatamente denunciado às autoridades e gerou condenação generalizada.

A família de Maria Cristina manifestou repúdio às suas atitudes. Um parente que preferiu não se identificar comentou: “A gente se distancia desse tipo de comportamento e não dividimos essa mentalidade, esperamos que a lei prevaleça nesse caso. Estamos completamente desestruturado, a gente tem tanta vergonha… Não quero que as pessoas pensem que ela vem de uma família de pessoas de extrema direita”.

Esta não foi a primeira vez que Maria Cristina protagonizou episódios polêmicos. Em 2020, durante uma manifestação na Avenida Paulista, ela compareceu ao ato empunhando um taco de beisebol. Na ocasião, a Polícia Militar precisou intervir para evitar que ela fosse agredida por membros de torcidas organizadas que protestavam em defesa da democracia.

Em 2018, quando o ex-presidente Lula foi preso, Maria Cristina comemorou o fato em frente à Superintendência da Polícia Federal com uma garrafa de champanhe. Além disso, ela possui registros ao lado de parlamentares bolsonaristas como Carla Zambelli (PL), Fernando Holiday (PL) e Kim Kataguiri (União Brasil). Ela também faz parte de movimentos ligados ao bolsonarismo.

Filha de um ex-militar, Maria Cristina recebe uma pensão mensal de aproximadamente R$ 14,5 mil desde 2009. Seus laços com as forças armadas são antigos e incluem relações com figuras como o general Villas Bôas, a quem ela chegou a chamar de amigo.

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