
Por Moisés Mendes
O ministro Celso de Mello autorizou a investigação solicitada pelo procurador-geral Augusto Aras ao Supremo. Será aberto o inquérito para que investiguem as acusações de Sergio Moro contra Bolsonaro.
É agora que o bicho vai pegar. Moro nunca teve provas contra Lula. Mas agora terá de provar o que disse contra Bolsonaro, ou ficará em situação complicada.
Aras deseja ver tudo esclarecido, certo? Mais ou menos. O procurador-geral pode querer ver tudo mais confuso.
O que ele quer é que Moro prove o que disse, e não necessariamente que Bolsonaro seja responsabilizado.
As acusações são de falsidade ideológica, coação, advocacia administrativa e prevaricação. Bolsonaro deve ter mandado a senha para Aras: pede o inquérito porque essa nós ganhamos.
Se Moro não conseguir provar, será enquadrado por injúria, calúnia ou difamação.
Agora vamos ver se Moro aprendeu alguma coisa com os delatores da Lava-Jato, ou se é tão medíocre que não aprendeu nada.
Na Lava-Jato, Moro acusava sem provas e condenava. Era o senhor do destino dos que prendia para arrancar confissões.
A sorte do ex-juiz é que ele não está preso ‘preventivamente’ por mais de ano, como fazia com os que mandava para a masmorra de Curitiba, até obter a delação.