A importância de Luiz Schiavon, fundador do RPM, para o rock brasileiro

Atualizado em 15 de junho de 2023 às 14:17
Luiz Schiavon

Luiz Schiavon, tecladista e um dos fundadores da banda RPM, faleceu na madrugada desta quinta (15) aos 64 anos. Sua morte, ocorrida durante uma cirurgia, deixa uma lacuna profunda no rock brasileiro, em que seu talento e influência foram sentidos de várias formas.

Schiavon descobriu sua paixão pela música aos 7 anos, quando sua mãe o incentivou a ter aulas de piano. Formado pelo Conservatório Mário de Andrade em São Paulo, ele uniu seu amor pelo rock à sua formação clássica para forjar uma carreira musical única. Antes de fundar o RPM, ele integrou um conjunto cover do Deep Purple.

O RPM surgiu no início dos anos 80 como um embrião chamado Aura, uma parceria com Paulo Ricardo. A banda, que acabou mudando o nome para RPM, assinou seu primeiro contrato em 1984. O primeiro álbum, “Revoluções por Minuto”, vendeu mais de 600 mil cópias e a turnê “Rádio Pirata” durou 16 meses, totalizando 270 shows e atraindo um público de 2 milhões de pessoas.

Apesar das desavenças internas que levaram ao fim do grupo em 1987, Paulo Ricardo e Luiz Schiavon se reuniram em 2002 para lançar um novo disco, “Elektra”, que misturava músicas inéditas e hits da banda. Além de ser um talentoso tecladista, ele também foi compositor de clássicos como “Olhar 43” e “A Cruz e a Espada”, ambas em parceria com Paulo Ricardo.

Schiavon também trabalhou em trilhas sonoras de novelas da Globo e, entre 2004 e 2010, ocupou o cargo de diretor musical do programa “Domingão do Faustão”. Sua morte é uma grande perda para a música brasileira, mas seu legado certamente viverá através de sua vasta obra musical.

A família do artista publicou uma mensagem em homenagem a ele nas redes sociais:

“Esperamos que lembrem-se dele com a maestria e a energia da sua música, um legado que ele nos deixou de presente e que continuará vivo em nossos corações. Despeçam-se, ouvindo seus acordes, fazendo homenagens nas redes sociais, revistas e jornais, ou simplesmente lembrando dele com carinho, o mesmo carinho que ele sempre teve com todos aqueles que conviveram com ele”.