A ingratidão e oportunismo de Cíntia Chagas ao criticar Janja. Por Nathalí

Atualizado em 22 de novembro de 2024 às 6:21
Cíntia Chagas e a primeira-dama Janja da Silva, ironizada pela influencer bolsonarista em vídeo recente – Foto: Reprodução

Talvez você se lembre – mas provavelmente não – de Cíntia Chagas, influenciadora e ex-esposa do Deputado Lucas Bove.

Recentemente, depois de vir a público denunciar a surra do então marido, ela foi acolhida pela maioria dos movimentos de mulheres no país, mulheres de esquerda, como Janja.

Ela agradeceu pelo apoio e disse, ainda, que foi “acolhida pela esquerda” e que seus coligados de direita lhe viraram as costas e ficaram do lado do agressor (nada novo sob o sol).

Em notória gratidão a essa esquerda que a compreendeu e acolheu quando ela apareceu apanhada, a querida publicou um vídeo criticando o português da primeira-dama.

Assim, gratuitamente.

No vídeo, publicado em seu Instagram, Cíntia Chagas listou alguns erros como “proibí (proibir), inressponsável (irresponsável) e ploblemas (problemas)”, que teriam sido pronunciados por Janja em entrevista.

Cintia filmou a si mesma fazendo caras e bocas diante das falas de Janja e destacou o que seriam os erros de português em questão (o que, para mim, não passam de uma linguagem regional, como “engolir” o R ao final das palavras, mas isso pouco importa).

A legenda do vídeo diz respeito a Lula: “ele encontrou uma cumpanheira perfeita, não podemos negar”, escreveu.

Ao chamar Janja de “cafona” pelo seu jeito de falar, Cintia prova que a elegância que tanto performa nas redes sociais é tão falsa quanto sua gratidão às mulheres de esquerda.

Cafona é desdenhar do jeito de falar de quem quer que seja, é criticar publicamente uma mulher que provavelmente sequer sabe de sua existência.

Janja é gigante, não importa o que diga uma influenciadora que cospe no prato que comeu, provando que a nossa indulgência deve ser um pouco mais criteriosa.

O que parece memória curta é, na verdade, falsidade e oportunismo.

Em outras palavras, não adianta tentar ajudar essa gente: para elas, o ódio nunca deixará de imperar, não importa quanto amor encontrem pelo caminho.

A verdade é que, nos setores mais conservadores da sociedade, a força do antipetismo é tão poderosa que, mesmo depois de apanhar, Cíntia se mantém uma mulher “conservadora” que não perde a oportunidade de atacar Lula e suas aliadas e aliados.

Nossa sorte é que seu posicionamento é irrelevante e o vídeo em questão, patético.

Ninguém se importa com o que Cíntia Chagas diz: falar bem o português não significa ter algo útil a dizer.

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