A invasão de Brasília pelo Lago Paranoá. Por Moisés Mendes

Atualizado em 22 de setembro de 2023 às 0:30
Tenente-coronel Mauro Cid e Almir Garnier, ex-comandante da Marinha. Foto: Reprodução

Mauro Cid contou à Polícia Federal que só o almirante Almir Garnier Santos, comandante da Marinha, acompanhou Bolsonaro no plano do golpe.

Já está claro que Exército e Aeronáutica saltaram forte do projeto e deixaram Garnier sozinho com suas tropas flutuantes.

Vamos imaginar um submarino singrando o Lago Paranoá, de onde saltariam centenas de almirantes e soldados golpistas com camuflagem anfíbia.

Em 64, eles tomaram Brasília por terra, com tanques. Dessa vez, a capital seria ocupada por água. Não podia mesmo dar certo.

O almirante está sendo tratado em tom de deboche pelos próprios colegas.
E entrevista ao Estadão, o comandante do Exército, general Tomás Paiva, fez essa pergunta sobre as ambições golpistas de Garnier:

“A Marinha embarcou (no golpe)? Não. E que tropas ele (Garnier) tinha para essa aventura maluca?”

Comandante do Exército, general Tomás Paiva. Foto: Reprodução

(É estranho até que o nome do almirante seja Almir… Esse era um Almir antes e agora é outro Almir depois da delação de Mauro Cid. É feia a situação dele.)

Publicado originalmente no Blog do Moisés Mendes

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Moisés Mendes
Moisés Mendes é jornalista em Porto Alegre, autor de “Todos querem ser Mujica” (Editora Diadorim) - https://www.blogdomoisesmendes.com.br/