A laranja pornô e a hipocrisia útil dos bolsonaristas. Por Fernando Brito

Atualizado em 8 de junho de 2019 às 10:35
Alexandre Frota. Foto: Reprodução/Instagram

PUBLICADO ORIGINALMENTE NO TIJOLAÇO.

A variedade de laranjas no laranjal bolsonarista, onde moralidade é apenas uma hipocrisia útil, vai se ampliando.

Agora é o ex-motorista do ex-ator e deputado Alexandre Frota, Marcelo Ricardo Silva, dizer que apanhava dinheiro, fazia depósitos “picadinhos” e era remunerado por supostas “palestras” que o bolsonarista fazia em escolas (!!!). Escolas sem partido, naturalmente.

Também teria sido “compensado” com a inclusão, como sócio, em duas empresas de Frota.

Os detalhes sórdidos do episódio estão na Folha, inclusive com as fracas justificativas do deputado ao dizer-se vítima de “práticas de ameaças e extorsão.” Em geral, quem está extorquindo não vai ao Ministério Público acusar, pelas consequências que isso traz.

O caso só tem relevância, mesmo, por expor pela enésima vez o tipo de gente que se arvora em paladino da moralidade. No caso de Frota, aliás, algo absolutamente desnecessário.

Ainda surgirão outras variedades cítricas, embora esta já tenha designação óbvia: é a laranja pornô.