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A maior usina solar flutuante do mundo já está em funcionamento

A maior usina solar flutuante do mundo. Foto: Divulgação

Publicado originalmente no Engenharia É:

Por Ademilson Ramos

A China tem sofrido há décadas com a poluição atmosférica, e isso é consequência do rápido crescimento e da dependência de carvão para energia. Vendo a necessidade, o país quer mudar a maneira de gerar energia, e um dos grandes projetos do país é uma usina flutuante.

A cidade de Huainan, conhecida por ter muito carvão, ganhou uma usina solar flutuante de 40 MW, a maior do mundo nessa categoria. Ela fica localizada em uma área de mineração que está inundada devido às chuvas, com profundidade de água entre 4 m e 10 m.

O ar mais frio na superfície ajuda a minimizar o risco de superaquecimento dos painéis solares. A inundação permanente torna esta área sem valor para mineração, por isso é uma boa ideia utilizá-la para outros fins.

Os equipamentos são da chinesa Sungrow e foram projetados para usinas flutuantes, funcionando em ambientes com alto nível de umidade e sal.

A China é o país que mais gera energia solar em todo o mundo, com uma capacidade instalada de 77 gigawatts. Eles planejam adicionar mais 110 GW, com um investimento que somará US$ 360 bilhões ao longo dos próximos três anos.

Uma das futuras usinas solares na China será a maior do mundo, com seis milhões de painéis fotovoltaicos e capacidade de 2 gigawatts; ela custará um total de US$ 2,3 bilhões. O objetivo do país é obter 20% da energia a partir de fontes renováveis até 2030.

De acordo com o Plano Decenal de Expansão de Energia – PDE 2026 – estima-se que a capacidade instalada de geração solar chegue a 13 GW em 2026, sendo 9,6 GW de geração centralizada e 3,4 GW de geração distribuída. Essa proporção poderá chegar em até 5,7% da potência total.

A Aneel publicou novas regras para a geração doméstica de energia solar. Residências que gerarem mais energia do que consumirem recebem créditos para diminuir a conta de luz; podem transferir esses créditos para terceiros; e podem dividi-los entre os moradores caso a geração seja feita em um condomínio.

Além disso, foi reduzida a burocracia para registrar painéis solares junto às empresas de energia: o processo dura até um mês, e foi reduzido a uma única etapa. A agência espera que, até 2024, cerca de 1,2 milhão de unidades consumidoras passem a produzir sua própria energia, com potência instalada de 4,5 gigawatts.

Diario do Centro do Mundo

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