A negação da vacina mostra que Bolsonaro aposta no supremacismo branco homicida. Por Luis Felipe Miguel

Atualizado em 4 de setembro de 2020 às 0:00

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Por Luis Felipe Miguel

Jair Bolsonaro. Foto: Evaristo Sá e Sérgio Lima/ AFP

Donald Trump é, reconhecidamente, a grande inspiração de Bolsonaro.

Então vale a pena prestar atenção ao que está acontecendo nos Estados Unidos.

A estratégia de Trump para a reeleição inclui dobrar a aposta no radicalismo de direita.

Quem imaginaria que um presidente, mesmo Trump, abraçaria abertamente, sem disfarces, a vertente mais homicida do supremacismo branco?

Bolsonaro já vinha reforçando os acenos à parcela mais extremista de sua base.

Conteve-se um pouco com a prisão de Queiroz, quando sentiu que sua chapa estava esquentando.

Mas, conforme acredita que retomará o controle das investigações que o ameaçam (e a intervenção do STJ no Rio é um passo importante), volta a ficar mais solto.

A declaração de ontem sobre a eventual vacina é um indício.