O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem realizado junto a seus aliados uma nova avaliação sobre a possibilidade de ser preso no curto ou médio prazo. Ele acredita que essa chance diminuiu em relação ao início do ano, quando passou duas noites na Embaixada da Hungria. Isso, pelo menos no momento atual.
Uma das razões para o otimismo que tem se espalhado entre o ex-chefe do Executivo e seus apoiadores é o processo de cassação do senador bolsonarista Jorge Seif (PL-SC), conforme informações da colunista Bela Megale, do Globo.
O processo contra o apoiador de Bolsonaro teve início em 4 de abril e passou por várias reviravoltas, incluindo adiamento do julgamento, mudança de voto do relator e a decisão de realizar novas diligências antes de chegar a uma conclusão.
Anteriormente, o núcleo do ex-capitão acreditava que a cassação do senador era mais provável. Hoje, o grupo interpreta que Seif pode ser poupado, como um “gesto” do Judiciário em direção ao Parlamento. Bolsonaro espera “surfar nesta mesma onda”.
Até agora, os informantes do ex-presidente no Supremo Tribunal Federal (STF) afirmaram que ele só seria preso se condenado e após esgotar todos os recursos na Justiça. Na Justiça Eleitoral, Bolsonaro foi declarado inelegível até 2030, enquanto no STF, diversos inquéritos estão em andamento e podem resultar em mais condenações.
Em junho, a Polícia Federal (PF) apresentará ao ministro Alexandre de Moraes o relatório final sobre a investigação relacionada à suposta tentativa de golpe de Estado envolvendo Bolsonaro, militares e ex-membros de seu governo. Este caso é considerado o que tem maior potencial para levar o ex-presidente à prisão.
Neste mês, a PF também apresentará a conclusão do inquérito que investiga a apropriação e venda ilegal de joias da Arábia Saudita e outros presentes que pertencem ao acervo da Presidência.