A obra de Aécio: 75% dos brasileiros não acreditam que o PSDB eleja presidente, diz pesquisa do partido. Por Kiko Nogueira

Atualizado em 29 de outubro de 2017 às 6:54
Do muro ao buraco

Deu no Painel da Folha que o PSDB recebeu o resultado de uma pesquisa e a coisa é triste.

O levantamento “mostra que 75% dos brasileiros não acreditam que o próximo presidente será um tucano. No Nordeste, o quadro é ainda pior: 84%. Num recorte só com simpatizantes do partido, o estudo apontou três pilares para a descrença na legenda: a aliança com Michel Temer, a permanência de Aécio Neves (MG) no PSDB e as intermináveis brigas internas”.

Mais:

Análise das interações nas redes sociais mostra que 98% das menções ao PSDB são negativas.

Atualmente, o partido é o que mais perde engajamento em plataformas como o Facebook e o Twitter. Só em outubro, caiu 44%. Os tucanos estão atrás da Rede, do PT, do PC do B e do PMDB.

Os dados chegaram ao PSDB acompanhados da análise de que a sigla não teria outro caminho a não ser deixar o governo de Michel Temer para começar a restaurar sua imagem. O diagnóstico parece estar sendo levado ao pé da letra pelo presidente interino da legenda, Tasso Jereissati (CE).

Para sobreviver, o PSDB teria que se livrar de seu pau de enchente, o senador Aécio Neves.

Aécio conseguiu atirar o Brasil ao caos ao não aceitar o resultado de 2014.

Aliou-se a um golpista vagabundo que hoje tem 3% de popularidade, foi pilhado cometendo crime, queimou a si mesmo e agora come seu partido por dentro como um câncer.

João Doria, a esperança até ontem, empacou de vez em 5%, segundo o último Ibope, junto com o criador Geraldo, ambos bem atrás de Bolsonaro.

Se tivesse um mínimo de senso de dever público não com o Brasil, que é pedir demais, mas com seus colegas, renunciaria à presidência da sigla para abrir espaço para algum tipo de reação.

Como isso não é material corrente na turma, vão todos para o buraco juntos.