A obsessão da extrema direita por coisas impressas até na arapongagem. Por Moisés Mendes

Atualizado em 6 de fevereiro de 2024 às 22:48
Urna eleitoral com papel impresso
Reprodução/Agência Brasil

Por Moisés Mendes

Os arapongas da Abin, que vigiavam inimigos e amigos da família e dos militares, imprimiram as informações levantadas sobre a delegada que cuidava do caso Marielle.

A extrema direita queria tanto o voto impresso que acabou, pela obsessão com papel, deixando provas impressas dos crimes cometidos.

A cópia da minuta do golpe, encontrada pela Polícia Federal na casa de Anderson Torres, também era impressa.

Alexandre Ramagem imprimiu seis páginas com informações sobre adversários de Carlos Bolsonaro no Rio.

Também encontraram na casa de Ramagem provas de arapongagens em áreas do Rio dominadas pelo tráfico. Tudo impresso.

A Abin estava investigando possíveis concorrentes das milícias em disputas de mercados? Para informar amigos de Bolsonaro?

Cópias de dossiês contra aliados dos Bolsonaros, incluindo empresários milionários acusados de sonegação e lavagem de dinheiro, eram impressas e distribuídas entre parceiros e inimigos.

Tudo com o objetivo de espalhar o terror e preparar as vítimas para chantagens e achaques. E tudo no papel, como faziam antigamente.

E, para completar, a família comprava imóveis com dinheiro vivo, porque precisava fazer o pagamento em papel.

A família, como provam reportagens de Juliana Dal Piva no UOL, comprava casas, apartamentos e terrenos com dinheiro impresso.

Tudo na vida da família deveria ser impresso. Os rastros estão impressos por toda parte. E Bolsonaro sabe que mandados de prisão, entregues na hora, ainda são documentos impressos.

Publicado originalmente no Blog do Moisés Mendes

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