A “obsessão” de Lula em “desmascarar Moro” esbarra no fato de que a máscara já caiu. Por Kiko Nogueira

Atualizado em 26 de abril de 2019 às 19:02
Dallagnol e Moro

Sergio Moro comentou nesta sexta, dia 26, sobre a redução da pena de Lula no STJ. 

Em Belo Horizonte, onde discursou a convite do governador de Minas, Romeu Zema, o ministro da Justiça tentou se desvencilhar do assunto incômodo.

“O presidente Lula pertence ao meu passado. Agora estou olhando em frente”, falou.

Balela.

Moro é o que é por causa de Lula, sobre o qual ergueu sua carreira até mergulhar no lixo de governo do qual faz parte.

Entregue a si mesmo, sem a blindagem da mídia, que construiu uma persona que pouco tem a ver com o sujeito real, é uma figura tacanha, apenas mestre em apertar os botões certos do aparelho Judiciário.

Para o ex-juiz que fala “conje” existir plenamente, Lula tem que ficar preso.

Na entrevista concedida a Florestan Fernandes Jr., do El País, e Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, Lula declarou sua “obsessão de desmascarar Moro, desmascarar Dallagnol”.

Desperdício de tempo. Os dois já se desmascararam.

“Eu tenho certeza que durmo todo dia com a minha consciência tranquila. Eu tenho certeza de que o Dallagnol não dorme, que o Moro não dorme”, afirmou.

“Quando vejo essa gente que me condenou na televisão, sabendo que eles são mentirosos, sabendo que eles forjaram uma história, aquela história do powerpoint do Dallagnol, aquilo nem o bisneto dele vai acreditar naquilo”, falou.

“Esse messianismo ignorante, sabe? Então eu tenho muitos momentos de tristeza aqui. Mas o que me mantém vivo, e é isso que eles têm que saber, eu tenho um compromisso com este país, com este povo”.

“Eu tenho certeza que eu durmo todo dia com a minha consciência tranquila e eu tenho a certeza que o Dallagnol não dorme, certeza que o Moro não dorme”, prosseguiu.

“Eu não tenho ódio. Eu Não guardo mágoa, porque na minha idade quando a gente fica com ódio, a gente morre antes. Então, como eu quero viver até os 120 – eu acho que sou um ser humano que nasceu pra ir até os 120 -, eu vou trabalhar muito para provar a minha inocência e a farsa que foi montada.”

O país está entregue a uma família disfuncional e o homem que poderia tirá-lo do buraco está preso em Curitiba.

A entrevista suscita a pergunta óbvia: foi para isso, doutor Moro?