Uma petição pública que tinha por objetivo “acabar com o casamento interracial no Brasil” tornou-se notícia hoje em razão do procurador da República Aldo de Campos Costa ter pedido uma investigação sobre ela.
Com o título “Pela proibição do casamento interracial no Brasil”, o procurador considera que o conteúdo pode se enquadrar no crime de preconceito racial.
Pesquisa no Google sobre tal petição aponta que ela esteve hospedada no site Petição Pública, mas de lá foi removida, sendo possível todavia visualizar parte do seu texto quando da realização da pesquisa no buscador, como se vê abaixo:
A reportagem do DCM apurou que o conteúdo não é novo. Como se observa abaixo, em 2014 tal petição já circulava nas redes sociais. Um perfil já deletado do VK, rede social russa equivalente ao Facebook, havia criado um ainda disponível tópico de discussão sobre ela.
A idéia despertou a revolta de alguns participantes do Fórum de Discussão, mas também contou com apoiadores.
Valendo-se de argumentos como “ser anti-miscigenação não tem absolutamente a ver com preconceito”(sic), havia quem defendesse a petição acreditando que o fazia “para que a toda cultura e etnia” fossem preservadas.
Está demonstrado: a semente do fascismo sempre esteve espalhada no país. O bolsonarismo só a juntou.
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