A polêmica em torno do esperadíssimo filme que conta a caçada a bin Laden

Atualizado em 21 de novembro de 2012 às 20:42
Kathryn Bigelow

E eis que surge uma polêmica cinematográfica na campanha presidencial americana.

No meio dela está o filme Zero Dark Thirty, da cineasta Kathryn Bigelow, diretora de Guerra ao Terror, Oscar de 2010.

Zero Dark Thirty narra a caçada a Osama bin Laden como ela “realmente foi”, como diz o marketing do filme. (O nome deriva do jargão militar. Basicamente, é uma hora indeterminada da madrugada – daí dark, escuro – e mais trinta minutos.)

Veja o trailer e depois seguimos.

O filme seria lançado em setembro, pouco antes das eleições. Mas Mitt Romney reclamou. Achou que o filme favoreceria Obama. Para muitos americanos, o ponto alto da administração de Obama foi a execução de bin Laden.

O lançamento acabou sendo adiado para dezembro. Obama foi acusado de vazar informações confidenciais da CIA para Kathryn, o que ela desmentiu. Comentaristas notaram, irônicos, que Obama, tão empenhado em punir os vazamentos do Wikileaks de Assange, seguiu o mesmo caminho do combativo e combatido australiano.

Quando penso nas eleições americanas, me vem à cabeça uma frase do professor Cornel West, da celebrada universidade americana Princeton. West, que apoiou entusiasmadamente Obama na campanha anterior, rapidamente se decepcionou. Recentemente, disse sobre as eleições em seu país: “Romney? Uma catástrofe. Obama? Um desastre.”