A privacidade e as redes sociais. Por José Eduardo Mendonça

Atualizado em 7 de agosto de 2016 às 17:05

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Usuários insatisfeitos com mídia social: privacidade é uma preocupação

Pessoas que usam mídia social são particularmente sensíveis a dois elementos da experiência, diz pesquisa do American Customer Satisfaction Index (ACSI). “Estão preocupados com a privacidade e com a própria coisa da qual a mídia social trata – postar informação pessoal e depois ficarem preocupados com o que estão fazendo com esta informação”, diz David VanAmburg, diretor do ACSI.

Houve quedas para o Facebok (68 pontos, menos 9%) e Twitter (65 pontos, menos 8%). A categoria registrou 73 pontos, menos 1,4$ do que no ano passado, informa o relatório, publicado esta semana.

Quase dois terços dos americanos adultos usam mídia social, segundo o Pew Research Center – e quase a mesma proporção depende dela como fonte de notícias. De acordo com o CEO do Facebook, seu usuário médio passa agora 50 minutos por dia no Facebook, Instagram e Messenger, em comparação com os 40 minutos de 2014.

Há outro problema: a publicidade. “Os consumidores não aceitaram plenamente a publicidade como custo necessário para serviços online que esperavam ter de graça”, disse Claes Fornell, presidente do ACSI.

A Wikipedia ficou no topo do ranking da categoria de mídia social, bem acima da média de 78, seguida de perto por YouTube (77) e Google+ (76). Pinterest (76), Instagram (74) e Tumblr (67) caíram todos três pontos. O LinkedIn (65) empatou com o Twitter em último lugar.

A satisfação com os mecanismos de busca e informação aumentou ligeiramente no ano passado. Google segue no topo, com 84 pontos de 100. Isto significa 9 pontos de vantagem sobre seus mais próximos concorrentes, como MSN.

Google vai ficar com quase um terço de todo o faturamento digital este ano

Este ano, o Google vai faturar $57.80 bilhôes em receita de publicidade digital em todo mundo, um aumento de 9% sobre o ano passado. Isto representa 30% do mercado digital global.

Vai permanecer o player dominante. A empresa irá ficar com U$ 47.57 bilhões de receitas de anúncios de busca em 2016, ou 55.2% de todo este mercado.

As receitas publicitárias do YouTube cresceram 40.6% no ano passado. O site social de vídeo deve chegar a U$ 5.18 bilhões em faturamento líquido, com crescimento de 21.1%.

Este ano, em publicidade móvel, o Google irá gerar U$ 34.11 bilhões em receita líquida mundialmente, um pulo de 40.3% sobre 2015. No ano que vem chegará a U$ 42.41 bilhões, um aumento de 24.3%, estima o eMarketer.

Facebook vai virar uma rede de TV digital?

O Facebook divulgou resultados impressionantes no segundo trimestre esta semana, e algumas das questões relevantes sobre seu negócio tem a ver com vídeo. Mais espeficicamente, vídeo ao vivo, e como a empresa planeja transformar sua iniciativa recente de streaming ao vivo em uma fonte de dinheiro.

Mas quando isto começará a dar dinheiro? Por enquanto, a companhia está pagando celebridades e empresas de mídia para criar o Facebok Live. Não pode durar muito tempo sem que estes vídeos sejam monetizados, ou com assinaturas ou com publicidade.

O Twitter está indo por este caminho. No último mês, vem fechando contratos de direitos de streaming com quem aparecer, o que inclui até agora NBA, Bloomberg, CBS e outros. Isto já tornou a empresa uma espécie de rede de TV digital, onde vai se poder ver programas ao vivo de esportes, política e entretenimento, do jeito que se vê em redes de TV paga.

Uma coisa a se notar no esforço de vídeo do Facebook é que a companhia deixou de lado sua métrica de “vistas diárias de vídeo”. Agora, parece focada no tempo gasto por usuários, em vez de usuários totais. A mudança pode ter a ver com o sucesso do Snapchat em vídeo, informa o Recode.