A quem se aplica o “Fora Ladrão” criado por um publicitário de Temer senão ao próprio Temer? Por Paulo Nogueira

Atualizado em 9 de setembro de 2016 às 13:00
#foratemer
#foratemer

Fora tudo, o governo Temer se caracteriza por um formidável estoque de limitação intelectual. A palavra certa é burrice.

Considere.

Um publicitário do PMDB se saiu com esta. Criou uma frase para contrapor ao consagrado #foraTemer.

É “Fora Ladrão”.

Ora, ora, ora.

Primeiro, a esta altura dos acontecimentos, neutralizar o #foraTemer é como deter o vento: inútil. Você tem que ser muito imbecil para segurar o vento com as mãos.

Segundo: se o “Fora Ladrão” pega, você pode adivinhar contra quem será usado. Exatamente contra ele, o marido de Marcela, Temer.

Temer não goza exatamente de boa reputação no quesito probidadade. Fez carreira — opaca, medíocre, construída nas sombras — num partido que é o símbolo da corrupção.

Lembremos que, numa gravação que afinal não deu em nada porque os acusados não eram do PT, foi captada a seguinte frase: “Temer é Cunha”.

Cunha, na definição de Kátia Abreu, é um escroque internacional, um corrupto compulsivo, um mitômano que diz não ter conta secreta na Suíça mesmo quando os suíços apresentam documentos irretorquíveis.

Eis então Temer: é Cunha.

Tudo isso posto, é de uma cretinice desumana alguém do time de Temer sugerir o “Fora Ladrão”.

Se pegar, ele será usado contra o Rei da Vaia, contra o Presidente Invisível, ele, ele mesmo, Michel Temer.