A reação de bolsonaristas à conversa entre Lula e Trump

Atualizado em 6 de outubro de 2025 às 14:02
Os presidentes do Brasil, Lula, e dos EUA, Donald Trump. Foto: Reprodução

A conversa entre os presidentes Lula e Donald Trump, realizada na manhã de segunda (6), gerou reações entre aliados de Bolsonaro. O advogado Fabio Wajngarten, próximo ao clã Bolsonaro, minimizou a importância do diálogo e afirmou que as negociações entre os dois não devem avançar.

Em seu perfil no X, Wajngarten disse: “A mera ligação entre chefes de Estado que pensam e atuam de maneira absolutamente contrastante não quer dizer absolutamente nada”. Ele ainda disse que a atual política externa brasileira é “retrógrada, lenta e sem nenhuma tecnicidade”.

“A tal ‘Química Perfeita’ sequer terá alicerces para deixá-la em pé com partícipes que promovem o Terrorismo e seus aliados históricos”, completou Wajngarten, citando uma fala de Trump, que disse que os dois tiveram uma “ótima química” durante encontro na ONU (Organização das Nações Unidas), em setembro.

Paulo Figueiredo, influenciador e braço direito de Eduardo Bolsonaro nos EUA, inicialmente evitou comentar sobre a conversa, alegando que estava de férias. Porém, mais tarde, ele também usou o X para expressar sua opinião.

Figueiredo reclamou da expectativa gerada pela escolha de Marco Rubio, secretário de Estado dos EUA, para conduzir as negociações com o Brasil. “Zero de avanço! O grau de desconexão com a realidade é patológico”, escreveu.

Segundo ele, a escolha de Rubio para conduzir as negociações com o Brasil não trará resultados positivos ao país. “Zero de avanço! O grau de desconexão com a realidade é patológico. Como disse: a luz no fim do túnel é um trem”, escreveu no X.

A conversa entre Lula e Trump, que durou cerca de 30 minutos, foi descrita como “amistosa” pelo governo brasileiro. Durante o telefonema, Lula solicitou o fim das sanções comerciais dos EUA contra produtos brasileiros e autoridades brasileiras, incluindo ministros do STF.

A conversa contou com a presença de ministros como Fernando Haddad (Fazenda), Sidônio Palmeira (Secom) e Mauro Vieira (Itamaraty), além do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ex-chanceler Celso Amorim, atual assessor especial de Lula.

Caique Lima
Caique Lima, 27. Jornalista do DCM desde 2019 e amante de futebol.