A resistência de Lula é o maior gesto político desde a resistência de Brizola em 61. Por Moisés Mendes

Atualizado em 1 de outubro de 2019 às 12:56
Lula. Foto: Reprodução/YouTube

PUBLICADO NO BLOG DE MOISÉS MENDES

POR MOISÉS MENDES

A decisão de Lula de resistir na cadeia à perseguição de seus algozes da direita é o maior gesto político de um brasileiro desde a resistência de Brizola na Legalidade em 61.

E seu significado cresce ainda mais com a reportagem de hoje da Folha com a prova da suspeita: a Lava-Jato nunca pediu progressão de regime para os condenados pelos chefes da masmorra de Curitiba em situações semelhantes à de Lula. Nunca. Em nenhum outro caso.

Está desmontada a farsa do pedido de Dallagnol para que Lula seja libertado.

O Brasil não-golpista, não-fascista e não-bolsonarista e não-lavajatista está encarcerado com Lula e encarcerado irá continuar.

O que deve se debater a sério a partir de agora, e sem concessões protelatórias, não é a farsa da libertação forçada de Lula, mas a possibilidade de prisão dos lavajatistas.

Quem irá tirar Lula à força da prisão para tentar limpar a barra de Sergio Moro, Dallagnol e seus cúmplices antes da condenação de seus atos pelo Supremo?

Quem se dispõe a fazer outro serviço sujo?

A direita está presa à armadilha que criou. A situação de Lula já é, há muito tempo, um caso de intervenção das instituições internacionais, agravado pelas circunstâncias criadas pelo bolsonarismo.

Não há japonês da federal que desta vez salve o fascismo com suas encenações.

Um dos chefes da Lava-Jato deve, se tiver coragem, pegar a chave, entrar na cela e tirar Lula à força.

Até Rodrigo Janot sabe que essa figura não existe. Lula expôs todos os covardes da Lava-Jato.