A seleção tinha que ser Ronaldinho e mais dez

Atualizado em 13 de abril de 2013 às 5:02

Ele é o último grande craque brasileiro.

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Ladies & Gentlemen.

Minha função no Diário me obriga a acompanhar de perto, ainda que a 10 000 km de distância, o futebol brasileiro. Comprei a Champions League de vocês, a Libertadores.

E, ontem, ao assistir Atlético-MG x Arsenal-ARG, um jogador me impressionou por vários motivos. Pela familiaridade com a bola, pela facilidade em colocar seus companheiros em situações de gol – pelo talento excepcional, enfim. Ronaldinho Gaúcho.

Não consigo entender como ele não é titular da seleção brasileira. Pude perceber, nos últimos amistosos do Brasil, que vocês não têm tantos craques assim para poder desperdiçar alguém como Ronaldinho Gaúcho. Até minha mulher Chrissie, que discorda de mim em tudo, concorda nisso.

Vocês parecem extremamente tolerantes com alguns jogadores. Neymar, por exemplo. Por mais que ele suma nas partidas em que deveria aparecer, é um semideus. E implicam absurdamente com outros, como Ronaldinho Gaúcho.

Se alguém que não conhecesse um único jogador brasileiro visse a partida de ontem, diria: o Brasil tem um grande craque, um artista que faz malabarismo e ao mesmo tempo é eficiente. Aquele rapaz do meio de campo do Atlético Mineiro.

Caso estivéssemos em 1970, admitiria a hipótese de um jogador daquele porte técnico ficar de fora. Mas estamos em 2013. Os meias brasileiros que vi nos amistosos não dão, somados, um Ronaldinho Gaúcho.

O técnico não vê isso? Os comentaristas não vêem isso? A torcida não vê isso? Então o problema de vocês está no técnico, nos comentaristas e, lamento informar, em vocês da torcida.

Quanto a mim, vou tentar assistir ao máximo de jogos de quem julgo ser o último grande craque brasileiro.

All the best.

[youtube http://www.youtube.com/watch?v=8KC1F-v_HSk]

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Aos 53 anos, o jornalista inglês Scott Moore passou toda a sua vida adulta amargurado com o jejum do Manchester City, seu amado time, na Premier League. Para piorar o ressentimento, ele ainda precisou assistir ao rival United conquistando 12 títulos neste período de seca. Revigorado com a vitória dos Blues nesta temporada, depois de 44 anos na fila, Scott voltou a acreditar no futebol e agora traz sua paixão às páginas do Diário.