A última aglomeração do fascismo. Por Moisés Mendes

Atualizado em 7 de abril de 2025 às 8:07
Bolsonaro acena a seguidores na Avenida Paulista. Foto: reprodução

A aglomeração meia-boca do bolsonarismo na Avenida Paulista, pela anistia dos líderes golpistas, e não em defesa dos manés, teve sete governadores afrontando o Ministério Público e o Judiciário.

São sete cúmplices do chefe do golpe. Um quarto dos governadores brasileiros não respeita e não teme o sistema de Justiça.

A maioria tem o controle de todos os poderes nos seus Estados. Todos os poderes, incluindo o Judiciário. Com algumas exceções, porque também o fascismo enfrenta exceções.

Dizem, como disse nas redes sociais o ministro Márcio Macedo, secretário-geral da Presidência da República, que o que se viu em São Paulo foi apologia ao crime.

Não surpreende e não muda nada. O que vai se medir a partir de agora é o impacto da aglomeração no ânimo dos que defendem a anistia.

Poucos bolsonaristas ocuparam a Avenida Paulista neste domingo (6). Foto: reprodução

Uma coisa é certa: depois do que aconteceu na Paulista, com a presença de 7 mil pessoas por governador, adiós Malafaia, adiós aglomerações. O bolsonarismo sabe que não pode contar com as ruas.

O resto é previsível. Bolsonaro vai manter a tática de produzir uma fala por dia, em entrevistas a algum veículo engajado à anistia, para que se mantenha em chamadas de capa dos jornalões, mais do que que nas redes sociais.

Bolsonaro quer manchete e visibilidade na grande imprensa, que reproduz tudo o que ele diz, mas tem um problema sério: o cansaço pela repetição dos ataques ao STF. Bolsonaro é a maior mala da política e se tornará insuportável até para os que seguram a alça do seu caixão.

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Moisés Mendes
Moisés Mendes é jornalista em Porto Alegre, autor de “Todos querem ser Mujica” (Editora Diadorim) - https://www.blogdomoisesmendes.com.br/