A verdade sobre os brasileiros presos na Argentina por “ligação com o CV”

Atualizado em 2 de novembro de 2025 às 12:54
Brasileiros presos na Argentina

O prefeito de Porto Mauá (RS), Manico Dinon, contestou as informações divulgadas pela imprensa argentina e reproduzidas por veículos brasileiros de que três brasileiros detidos na fronteira com a Argentina poderiam ter ligação com o Comando Vermelho.

Segundo Dinon, os homens estavam a trabalho e foram confundidos com criminosos.

Ednei Carlos dos Santos, Luís Eduardo Teixeira de Souza e Jackson Santos de Jesus, naturais de Rio das Ostras (RJ), foram presos pela polícia argentina no sábado (1º), ao tentarem cruzar a fronteira por uma passagem clandestina próxima a Alba Posse, na província de Misiones, que faz divisa com Porto Mauá.

A suspeita inicial era de que estariam fugindo da megaoperação policial no Rio de Janeiro que deixou 117 mortos e 113 pessoas presas.

Em nota publicada nas redes sociais, o prefeito afirmou que os três homens “não têm qualquer ligação com o tráfico ou com o Comando Vermelho”.

Segundo ele, os brasileiros prestavam serviços a uma empresa de São Paulo e estavam realizando sondagens de solo para a construção de uma ponte entre Porto Mauá e Alba Posse. “Eles foram confundidos injustamente, estavam a trabalho e acabaram servindo de cobaias em meio à operação que ocorre na fronteira”, disse Dinon.

O prefeito explicou ainda que os trabalhadores estavam hospedados em um hotel da cidade e decidiram visitar o lado argentino durante o período de folga, mas acabaram sendo detidos por não portarem documentos. Ele destacou que a travessia entre os dois municípios é cotidiana, feita por via fluvial e utilizada diariamente por centenas de moradores.

Segundo a prefeitura, os três brasileiros já foram liberados pelas autoridades argentinas e já retornaram ao Brasil.