
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou nesta quinta-feira (24), em entrevista à CNN, que apoiará candidatos ao Senado em 2026 que defendam o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo ele, há excessos por parte da Corte, especialmente no caso envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Zema criticou as medidas impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, como o uso de tornozeleira eletrônica, toque de recolher e a proibição de uso das redes sociais, alegando que decisões como essas representam uma perseguição. “É um absurdo você proibir um pai de falar com o filho, é um absurdo alguém não poder dar entrevistas. Isso me parece quase surreal”, afirmou.
Na avaliação do bolsonarista, é necessário reagir ao que classificou como uma “aberração” por parte do STF. Ele defendeu que os ministros revejam suas posturas antes que medidas mais drásticas sejam cogitadas. Para Zema, o Supremo extrapolou suas atribuições e precisa ser contido.
Zema também confirmou que concederá indulto a Bolsonaro caso seja eleito presidente em 2026. “Sim, com certeza”, respondeu, ao ser questionado sobre a possibilidade de perdoar judicialmente o ex-presidente. Ele já havia declarado que tem “muito em comum” com Bolsonaro e defende a anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro.
O governador deve ter sua pré-candidatura à Presidência da República lançada em 16 de agosto, durante um evento do partido Novo em São Paulo. Ele aposta em uma renovação expressiva do Senado nas próximas eleições, com a eleição de dois senadores por estado, e quer formar uma bancada alinhada ao discurso de enfrentamento ao STF.