A Polícia Federal (PF) encontrou a cópia de uma carta assinada pelo vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) a um banco na Flórida, nos Estados Unidos. A informação consta no relatório da corporação sobre a “Abin Paralela” no governo de Jair Bolsonaro (PL).
A carta refere-se a uma conta que o parlamentar manteve até setembro de 2023. No documento, o vereador relatou “dificuldades” para receber um cheque do banco e solicitou a emissão de um novo cheque para ser enviado à agência onde abriu a conta, indicando que ele próprio iria retirá-lo.
O documento, juntamente com um bilhete manuscrito contendo um endereço em Washington, chamou a atenção dos investigadores. A PF irá investigar possíveis irregularidades nas operações da conta, bem como qualquer conexão com as atividades do filho de Bolsonaro no “núcleo político” ligado à “Abin Paralela”.
A carta foi apreendida durante a Operação Última Milha em janeiro, quando o parlamentar foi alvo de busca e apreensão. O documento foi apresentado pela PF ao Supremo Tribunal Federal (STF) como parte da quarta fase da operação, que resultou na prisão de cinco investigados na semana passada.
No X (antigo Twitter), Carlos afirmou que há dois o Banco do Brasil encerrou sua conta nos EUA o que levou a “mudanças de bancos com menos de $15.000 na época”.
“Desisti de colocar parte de meus ganhos lá e paguei o imposto duplicado novamente para voltar à minha conta no Brasil. Novamente, não acredito que isso é trabalho de uma Polícia Federal, mas uma fofoca de imprensa para criar mais uma narrativa. Seguimos na democracia inabalável e pujante”, escreveu.
Eu mesmo já declarei publicamente há cerca de 2 anos atrás que o Banco do Brasil encerrou minha conta nos EUA assim que colocaram lula no poder e a guerra continuou com as mudanças de bancos com menos de $15.000 na época, até o momento em que desisti de colocar parte de meus… https://t.co/KhuXSI6Po1
— Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro) July 16, 2024