Neste primeiro turno, 55% das abstenções foi de pessoas que estudaram até o Ensino Fundamental, apontou dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Diante desse cenário, a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) especula que a abstenção nesse grupo, que majoritariamente vota no candidato petista (62%), pode ter contribuído para levar a disputa para o segundo turno.
Os números do TSE mostram que há uma correlação estreita entre escolaridade e absenteísmo. Quanto menos tempo o eleitor passou na escola, maior a chance de ele não ir votar. Entre os que sabem apenas ler e escrever, a abstenção foi de 31,38%, ao passo que a marca chega a 11% entre eleitores com diploma universitário.
No total, 32 milhões de pessoas não compareceram às urnas no dia 2 de outubro, o equivalente a 20,79% do universo de eleitores. É um ligeiro aumento em relação ao pleito anterior, em 2014, quando o número chegou a 20,19%.
Segundo a lei eleitoral brasileira, apenas menores de 18 anos, maiores de 70 e analfabetos podem faltar sem apresentar justificativa.