Acadêmicos holandeses lançam manifesto por uma nova economia mundial, baseada no “descrescimento”

Atualizado em 28 de abril de 2020 às 11:50
Protesto em defesa da velha economia, feita por ricos em carrões: pessoas dispensáveis. Foto: Eduardo Matysiak

PUBLICADO ORIGINALMENTE NO EL CLARÍN (CHILE)

Holandeses avançam no cenário pós-pandemia e propõem um modelo econômico baseado na diminuição.

Parece que a Holanda é o país que está assumindo o desafio de reestruturar sua economia com base no que temos que viver no presente.

Nesse contexto, 170 acadêmicos holandeses lançaram manifesto com 5 pontos para a mudança econômica pós-crise do Covid-19, com base nos princípios do decrescimento:

1) Mude de uma economia focada no crescimento do PIB. Diferencie setores que podem crescer e exigir investimentos (setores públicos críticos, energia limpa, educação, saúde) e setores que devem diminuir radicalmente (petróleo, gás, mineração, publicidade, etc)

2) Construa uma estrutura econômica baseada na redistribuição. Isso estabelece renda básica universal, sistema universal de serviços públicos, forte imposto sobre renda, lucro e riqueza, redução de horas de trabalho e empregos compartilhados, com destaque para o trabalho assistencial.

3) Transforme a agricultura em regenerativa. Com base na conservação da biodiversidade, sustentável e baseada na produção local e vegetariana, além de condições justas de emprego e salários agrícolas.

4) Reduza o consumo ao viajar. Com uma mudança drástica de viagens luxuosas e inúteis para consumo e viagens básicas, necessárias, sustentáveis ​​e satisfatórias.

5) Cancelamento da dívida. Especialmente de trabalhadores e proprietários de pequenas empresas, bem como de países do hemisfério-sul (dívida com países e instituições financeiras internacionais).

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PS: Descrescimento, sem miséria. Você ainda vai ouvir falar muito nesse conceito.